MATHEUS MARIM
GRACIELA MARTÍNEZ
A qualidade do congresso A Homeopatia no Século XXI, realizado há alguns meses na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas-São Paulo- Brasil)despertou curiosidades e inquietou os espíritos. As centenas de visitas ao site, o mais de milhar de mensagens eletrônicas, a solicitação de informações sobre o que foi dito, os pedidos de anais e cópias das fitas demonstram que o repasse feito pelos que estiveram presentes reforçou o desejo a respeito da necessidade desse tipo de discussão. Os saberes excluídos daquilo que se espera como sendo o locus que deveria estudar o universal: a Universidade. Protegida atrás de e defensora de um método apelidado de científico, que ao excluir variáveis cuidadosamente chega apenas aos resultados desejados, funciona como regente de exclusões, procurando silenciar até mesmo os acordes diferentes que nascem das incursões do seu próprio saber.
As palavras precisas de Checchinatto, a avaliação espistêmica perfeita de Chibeni, a crítica bem humorada de Chagas, a unidade imunológica demonstrada por Araújo e as soluções imagens desenvolvidas por Faigle e seus colaboradores demonstram que a Universidade alberga cérebros que a podem ajudar nessa abertura para o universal.
Ausência marcante foi a da FCM. Apenas os convidados a participar da abertura e da mesa compareceram. Apesar da apresentada reforma curricular, a fala explícita é de que a FCM continuará com orientação para formar especialistas e pesquisadores, bem ao gosto das indústrias farmacêuticas e empresas de saúde. Embora esse esquema seja reconhecido pela ONU como anacrônico desde 1962 por não atender às necessidades dos países subdesenvolvidos (naquela época) e tecnologicamente excluídos nos dias de hoje (75% do Brasil está nessa categoria), ele ainda persiste, pois está na dependência dos seus financiadores.
Não cabe neste artigo discutir o que é a homeopatia, seu histórico, estatuto, pressupostos, prática, eficiência, efetividade. Isso tudo deve ser discutido dentro da Universidade, intra muros, não extra muros, ou então que caiam os muros pois nada há a temer, apenas crescer.
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Matheus Marim e Graciela Martínez são da Comissão de Pesquisa da
Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB)
© 1994-2000 Universidade Estadual de Campinas
Cidade Universitária "Zeferino Vaz" Barão Geraldo - Campinas - SP
E-mail: webmaster@unicamp.br
Dra.Graciela Alicia Martínez: Clínica Geral - Especialista em Homeopatia pela Associação Médica Brasileira e Associação Médica Homeopática Brasileira. Rua Catharina Signori Vicentin, 637H- Cidade Universitária - Campinas - SP - Brasil Fone: 19-33657549 WhatsApp 19-989232686
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