9 de jan. de 2011

Saúde versus Preço





A tecnologia chamada “de ponta” ou “alta tecnologia” presta uma ajuda incalculável à Medicina principalmente na elaboração de diagnósticos e no acompanhamento das alterações que uma doença provoca.
Acontece porem que após a elaboração do diagnóstico, principalmente no caso de doenças crônicas, em geral fica uma insatisfação ou certa frustração por parte do paciente e muitas vezes por parte do médico ao verificar que a doença tão bem diagnosticada, não possui tratamento que cure ou possui um tratamento no qual se deve tomar a medicação para o resto da vida.
O paciente costuma ouvir: ”_Esta doença não vai levar o senhor (a) à morte, mas deverá tomar remédio até o final dos seus dias _” Dramatismos à parte, ninguém gosta de ouvir esta sentença.
Pode acontecer também que para determinada doença não seja necessário tomar a medicação para sempre já que os sintomas desaparecem com o tratamento, mas voltam para o doente meses (ou dias) após a administração da medicação.
Qual seria então, o tipo de resposta à medicação que nos deixaria satisfeitos ?
Esta questão nos remete a outras questões sem dúvida mais profundas... O que esperamos de um tratamento? O que significa para nós a cura? O que significa para nós a saúde?
Se nosso conceito de saúde significa o silêncio total de sintomas talvez os tratamentos actuais convencionais nos possam deixar satisfeitos Porém, se o nosso conceito de saúde envolve o nosso ser como um todo, então aproxima-se do da Organização Mundial da Saúde.
A definição de saúde da OMS desde 1947 é: “saúde é o estado do mais completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de enfermidade”.Nas últimas décadas com o corre-corre diário pela sobrevivência, mudanças de valores, onde o conceito de tempo e de dinheiro se confundem perdendo-se a relação com o próprio corpo e, o conceito de saúde e bem-estar acabaram por se confundir com o estado de não ter sintomas ou com a capacidade de estar de pé trabalhando e produzindo (o que para muitos já é bom demais).
E assim, preocupados com o “fazer” e com o “ter” acabamos esquecendo a maravilhosa capacidade (e obrigação) que temos de “ser”, sermos nós próprios, “ser” com os outros.
Quando conseguimos dar uma pausa e entrar em contacto com nós mesmos é mais fácil escutar o nosso corpo, identificar as atribulações da nossa mente e ver o caminhar das nossas emoções. A relação com nós próprios necessita de tempo e ternura para com nós mesmos, e só assim pode-se saber quem estamos sendo e como estamos nos relacionando com o mundo que nos rodeia e perceber que parte do nosso corpo não está funcionando como já funcionou em tempos de mais saúde.
Quem se escuta percebe a necessidade de uma relação médico-paciente onde o professional médico também escute, tanto a história de vida como as histórias das doenças de cada paciente em particular. Este médico também deverá ter tempo para um exame físico completo.
Uma consulta médica com o perfil citado acima, dificilmente o paciente encontra em convénios com seguradoras e sistemas de saúde onde o médico deve ser rápido eficiente e barato.
Gastar numa proposta de saúde responsável e justa, tanto para o paciente como para o médico, acredito que seja o melhor investimento no nosso maior capital: a saúde.

Dra. Graciela Alicia Martínez
Medicina Homeopática - Medicina Tradicional Chinesa - Acupuntura

Fone : 19-32899522

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