15 de nov. de 2011

DITADURA DA MEDICINA CONVENCIONAL EM PORTUGAL

“A legislação é praticamente inexistente e a que existe é de fraca qualidade, não tem força e esconde-se atrás do biombo da vergonha e do preconceito”. Com esta afirmação, o juiz desembargador português Rui Rangel começa um artigo escrito para o jornal Correio da Manhã. A motivação para o texto foi o caso de uma portuguesa de 4 anos, Safira, vítima de câncer renal. A família da menina recusou o tratamento tradicional, a quimioterapia, e, desta forma, desobedeceu não só a medicina convencional, como a justiça.

“A medicina convencional tende a impor-se a tudo e a todos, menos à família da Safira, que livremente escolheu um outro caminho para a sua filha. O que procuravam era a cura da menina e não a sua sobrevivência”, diz Rui Rangel. Como ele explica no texto escrito para o jornal, no caso, a medicina convencional pretendia sujeitar os pais à lógica dos protocolos legais que obrigam a fazer quimioterapia. “Se por detrás da recusa dos pais não estão interesses culturais ou religiosos, impõe-se a pergunta: a recusa é ou não legítima face ao nosso ordenamento jurídico?”, questiona o juiz.

Ele faz outros questionamentos: “os pais da Safira podiam ou não ir livremente à procura da homeopatia? A livre escolha por um outro método de tratamento podia gerar a retirada da guarda dos pais?”. E é o próprio Rangel que conclui: “entre nós, ainda vigora uma cultura salazarenta na aceitação de novas realidades. Apesar de todos os méritos científicos da medicina convencional, que são muitos, a sua cultura de arrogância, como sendo a única que é válida e que cura, começa, cada vez mais, a ser posta em causa”.

No artigo ele destaca que, fruto de um poderoso lobby, ainda não foi possível ir mais longe, em termos legislativos, no reconhecimento e na validação científica destes novos saberes. “Existe um vazio de lei nesta matéria, o que já vai sendo tempo de se alterar numa sociedade livre, que se quer mais justa e equilibrada. No nosso quadro constitucional, ninguém pode ser obrigado a sujeitar-se a um tratamento de quimioterapia que lhe destrói a alma e o ser. A liberdade de escolha para um tratamento natural é total e absoluta, caso não seja ditado por preconceitos religiosos ou outro. E ninguém pode ser perseguido judicialmente, com medidas que o afastem das suas obrigações parentais, só porque escolheu a medicina natural”, diz.

Fonte: www.ecomedicina.com.br

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