6 de jun. de 2013

Homeopatia trata eficazmente a TPM ou Síndrome Pré-Menstrual (SPM)



A antiga tensão pré-menstrual (TPM) passou a ser chamada de síndrome pré-menstrual (SPM), pois em sua totalidade engloba um conjunto de 150 sintomas clínicos, além da própria tensão. Surge durante a segunda fase do ciclo da menstruação e faz parte de um grupo maior de alterações denominadas moléstias peri-menstruais.
Sua patogênese está relacionada a desequilíbrios hormonais no Eixo Hipotálamo-Hipofisário (EHH), o que a torna um exemplo típico de patologias que comprovam as teorias homeopáticas tradicionais. Pode se considerar o melhor modelo para conhecer como e onde agem os medicamentos homeopáticos na mulher. Diversos trabalhos mostram que a intervenção homeopática equilibra essa disfunção com eficácia aproximada de 80%. Trata-se, portanto, de uma das síndromes com melhores respostas ao tratamento da especialidade.
Por sua importância e para demonstrar que a TPM atesta de forma clara a função da homeopatia como aliada de tratamentos clínicos, o tema foi destaque na programação do Congresso da Associação Paulista de Homeopatia 2009 – Clínica, Ciência e Arte, organizado pela Associação Paulista de Homeopatia (APH).
O objetivo do Congresso foi propiciar, de uma forma abrangente e clara, ferramentas para os congressistas se reciclarem sobre o que há de mais relevante na homeopatia. No evento, renomados especialistas nacionais e uma participação internacional debateram as diferentes abordagens e experiências clínicas homeopáticas. A idéia também foi a de disseminar conhecimentos atualizados para a qualificação da prática médica e da assistência aos cidadãos.
É sabido que a medicina convencional não definiu ainda a causa real da TPM, enquanto que a homeopatia por considerar a totalidade dos diversos aspectos femininos pode entendê-la. Ao utilizar uma abordagem feminológica baseada nos princípios homeopáticos, ou seja, ver a mulher como um todo e, principalmente, sua feminilidade, transcende-se o convencional. Aliás, esse tipo de visão deveria se estender às demais patologias da mulher como defende o Doutor Eliezer Berenstein, especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Federação Brasileira da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e em Homeopatia pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

A Tensão Pré-Menstrual é um desafio para o médico ginecologista. Apesar de muito comum, a TPM não é bem entendida em sua fisiopatologia. Ou seja, não se sabe direito porque ela ocorre.
No Brasil, sabe-se que ela afeta cerca de 35% das mulheres que freqüentam os ambulatórios médicos (Diegoli e col, 1994), mas há estudos que apontam que quase todas as mulheres (95%) teriam pelo menos um sintoma da doença em algum momento da vida, com cerca de 11% apresentando sintomas intensos e incapacitantes para a sua rotina diária de vida (Lima e Camus, 1996).
Certamente, há uma interferência forte do emocional e descreve-se do ponto de vista psicológico uma lógica interna muito coerente que liga os vários sintomas da TPM com diversos aspectos de conflitos com a feminilidade e com a possibilidade da maternidade. Isso explicaria porque a doença se torna muito mais comum nos dias atuais, em que a mulher tem de desempenhar vários papéis na sociedade moderna, com a geração de intensos conflitos entre desejos latentes e obrigações trabalhistas e sociais. Apesar de existirem cerca de 150 sintomas descritos nesta doença, os mais comuns envolvem inchaço, dor nas mamas, irritabilidade, nervosismo, depressão, dor abdominal e nas pernas, alguns dias antes da menstruação. De qualquer forma, a Medicina tradicional não consegue explicar adequadamente porque tais sintomas surgem. As teorias habituais dão conta de um desequilíbrio hormonal entre o Estrógeno e a Progesterona, mas, ao não encontrar este desequilíbrio em todas as mulheres, realça então a possibilidade de ações locais destes mesmos hormônios. Mais recentemente, alguns advogam a interferência de fatores inflamatórios deflagrados pelas mudanças hormonais.
Ou seja, cria-se na medicina tecnológica de hoje o mito de que a mulher seria regida pelos hormônios, como se fosse uma escrava das condições hormonais e biológicas. Penso que o fato seja exatamente o contrário. É a mulher que, ao perder seu equilíbrio emocional e vital ao se deparar com fatos cotidianos inquietantes e estressantes, que muda seu equilíbrio hormonal. Mulher sem problemas, como era a mulher de gerações passadas, não se desequilibrava e vivia bem, sem sintomas de TPM. Se fossem os “hormônios” os culpados de tudo, qualquer mulher, em qualquer época da humanidade, teria tais problemas. E não é o que vemos, no dia-a-dia do consultório. Hoje, depois de 20 anos de formado, vejo muito mais TPM no consultório do que no início da minha prática médica. E os médicos mais velhos me confirmam tal sensação, assim como alguns artigos científicos, que demonstram aumento na incidência deste problema feminino. E vocês, que estão me lendo, também poderão me dar razão, ao perguntarem para suas mães e avós se esta tal TPM era comum ou não no tempo delas...
Considerando que a TPM seria o sinal de uma perda de equilíbrio da mulher, em seus vários aspectos de vida, a homeopatia ganha uma relevância sem igual, pois esta prática médica considera a pessoa em sua integralidade de reações e funda seus princípios na crença de que as doenças se originam nos pensamentos e nas emoções do indivíduo. É o mal pensar que leva ao mal sentir e deste ao mal agir e, continuando neste esquema, o organismo há de se desequilibrar de tal forma, que surge a doença, primeiro como uma alteração funcional, e depois como uma alteração orgânica lesional. Ou seja, a pessoa vê o mundo de uma forma equivocada, se irrita, fica com raiva, passa a ser agressivo com os outros e, então, começa a ficar com hipertensão. Com o tempo, a hipertensão leva a alterações vasculares e ao infarto de miocárdio, com uma lesão irreversível do coração.
No tocante à TPM, a mulher pensa de forma equivocada sobre seu destino e sobre seus desejos, sente-se frustrada ou decepcionada com os fatos de sua vida amorosa, familiar e/ou profissional, começa a agir de forma contrária a seus desejos, e então passa a ter alterações hormonais. Daí para diante, o útero se modifica, assim como os ovários e as mamas. E a doença se instala. Aliás, este é um dos caminhos. Outros destinos possíveis seriam os ovários policísticos, a endometriose e até a esterilidade, dentre outros.
O tratamento homeopático assim pode ser um recurso importantíssimo para o tratamento da TPM, ao revelar qual o tipo de paciente que se encontra com o distúrbio e fornecendo um medicamento homeopático específico, que visa re-encaminhá-la ao equilíbrio perdido. Sabemos que há uma alta taxa de sucesso da TPM com a homeopatia, como diz o artigo, em cerca de 80% das vezes. Isto é espantoso, pois o tratamento tradicional alopático não passa de 50-60%, tendo uma eficácia semelhante ao uso do placebo. Ou seja, não tomar nada...

Referências:
Diegoli, Mara Solange; Fonseca, Angela Maggio da; Diegoli, Carlos Alberto; Halbe, Hans Wolfgang; Bagnoli, Vicente Renato; Pinotti, Jose Aristodemo - Sindrome pre-menstrual: estudo da incidencia e das variacoes sintomatológicas. Rev. ginecol. obstet;5(4):238-42, out. 1994.
Mendonça Lima, C. A; Camus, V. - Síndrome pré-menstrual: um sofrimento ao feminino. Psiquiatr. biol;4(3):137-46, set. 1996.

Por que seu médico lhe atende tão rápido?


Para reflexão. O texto não é meu, mas de um colega que cansou.

Por que seu médico lhe atende tão rápido?

Você acabou de renovar seu convênio privado e receber a nova carteirinha.
Vem num pacote bem montado, com diversos extras e muitas recomendações de
saúde. Pronto para fazer sua primeira consulta, cheio de expectativas, você
liga para um médico listado no caderno do convênio e agenda um horário.
Chega o dia e você vai ao consultório e encontra uma sala de espera cheia
de outros clientes, um calor infernal e ouve gente começando a reclamar da
demora. Senta, levanta, pega uma revista, toma um copo d’água, entra um,
sai outro e nada. Já impaciente, não entende o que pode estar acontecendo,
mas abre um sorriso quando seu nome é chamado com mais de uma hora de
atraso!

Ao entrar no consultório com sua lista de dúvidas dentro do bolso, ouve
duas perguntas do médico, senta na maca, mede a pressão e sai de lá mudo
com cinco guias após menos de 15 minutos de consulta. Ao dar-se conta, já
está fora da sala sem saber muito o que ocorreu. Alguém já passou por isso?

Caso se identifique, caro leitor, antes de culpar seu médico, vamos
entender o que acontece hoje na maioria dos planos privados e porque este
profissional é tão vítima quanto você.

Numa pesquisa feita recentemente, os pacientes acreditam que seu médico
esteja recebendo cerca de R$ 100,00 pela consulta, acham que ele deveria
receber em torno de R$ 140,00, mas na verdade ele recebe uma média de
R$40,00 (bruto), de acordo com dados da ANS de 2010. A

Assim, temos um paradigma: o paciente acha que está pagando duas vezes e
meia mais do que está sendo exercido na realidade por seu tratamento. A
disparidade entre percepção de pagamento e serviço prestado é simplesmente
alta demais. Mas, ao mesmo tempo, você como paciente pode intrigar-se, já
que seu plano custa caríssimo.

Pois bem, atualmente apenas 10-15% do que você paga efetivamente vai para o
profissional que coordena todo o sistema e quem, em princípio, deveria
zelar pela sua saúde. Todo o resto cobre custos de possíveis internações,
exames, medicamentos hospitalares, custos administrativos, propaganda do
plano e lucro de terceiros.

O resultado disso tudo se reflete na situação exposta acima. A conta é
simples e rápida: o custo de um consultório, apenas para mantê-lo aberto
hoje é em torno de R$ 3.500,00, considerando aluguel, secretária etc. Isso
significa que um médico deve fazer, apenas para pagar essas contas, um
total de 140 consultas pagas (pois dos R$ 40,00 se descontam INSS e imposto
de renda).

Na prática, significam em torno de 182 consultas, pois 30% destas são
retornos não remunerados. Até aqui o médico não ganhou nada, apenas pagou
seus custos de trabalho. Vamos dizer que ele vá ganhar R$ 7.000,00 por mês
(sem entrar no mérito se é muito ou pouco) – isso significa que terá que
atender mais 280 consultas para gerar esse valor, ou 364 considerando os
retornos. Somando tudo isso, temos 546 consultas no mês para esse salário!

Como o tempo é fixo, trabalhando 8 horas por dia, 22 dias por mês, ele tem
176 horas por mês para dar conta de tudo, ou seja, 3.1 consultas/hora. Isso
sem considerar férias não remuneradas, feriados, falta de pacientes, entre
outros extras que fazem com que a marcação de consultas passe na maioria
dos consultórios para 4 por hora. Claro que ainda temos congressos e o
tempo de estudo para atualização profissional que não foram computados nos
custos, mas saem diretamente do bolso do profissional.

Já dá para entender que se você foi um dos 546 pacientes vistos por seu
médico, o nível de atenção despendida por ele não tem como ser maior. É
algo racional e direto, proporcional ao grande volume de trabalho que o
profissional tem de gerar para receber um salário digno. É claro que
gostaríamos, como médicos, de sempre dar a maior atenção possível a todos
os pacientes, mas atualmente isso é simplesmente impossível.

A solução é óbvia, mas não é facilmente mutável: o médico tem que receber
mais pela consulta. Não adianta fingirmos, fugir do assunto, fazermos
discursos cheios de oratória: saúde custa caro e um bom profissional
também. Você, paciente, fica no meio disso e sofre com um atendimento
inferior ao que merece e paga.

Por isso, busque saber do seu plano quanto ele paga ao seu médico e saberá
qual a qualidade de atendimento que terá. Não se impressione com
helicópteros, propaganda de melhores hospitais, nada disso. No final, quem
mais importa é o profissional que lhe atende e é isso o verdadeiro
diferencial num serviço de saúde.

Dr. Juliano de Lara Fernandes

Medico cardiologista, coordenador do Departamento de Cardiologia da
Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas

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